Fiz pipoca hoje. Aqui em casa só eu sei fazer pipoca, porque a gente não faz de microondas, porque a gente não tem microondas (minha mãe resistiu a essa idéia. Agora tá quase se dobrando a ela.). Então, eu faço pipoca "no braço" e, diga-se de passagem, muito bem feita.
E nisso, me veio uma lembrança. Minha avó materna, até falecer, morou na casa ao lado da nossa, no mesmo terreno. Nunca soube se essa coisa de morrer velho é hereditário. Se for, eu ainda vou viver umas duas vezes (pra mais) do que eu já vivi. Pois é, me aguente vida. Ela morreu com 97 anos e, até um ano antes, estava bem de saúde e lúcida. Tenho esse histórico por parte da família do meu pai (que já tem seus 75 anos), com tias-avós que não contavam a idade mas, à boca pequena, estima-se que se foram passados um centenário de vida.
Pois bem, e sempre quando eu fazia pipoca aqui em casa, era um despautério com a dona Angela, se eu não fosse até a casa dela com uma cumbuquinha das minhas deliciosas e quentinhas pipocas. Ela era capaz de me xingar (mesmo) se descobrisse que eu tinha estourado um milho sem sequer oferecer a ela. Justo eu, o neto preferido! (tá, eu conto isso outro dia)
Depois de quase um ano morando aqui de novo, fiz pipoca. Coloquei um bacião na sala, onde tá rolando uma jogatina com meus pais e minha irmã. E peguei uma cumbuquinha pra colocar pra mim.
Por um segundo, deu vontade de ir à casa ao lado levar pipoca. Voltei. Saudades.
Tweet
Nenhum comentário:
Postar um comentário